quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ÓPERA DO OPERÁRIO

tijolos e sonhos se revezam
num intervalo de calos e ruga
palmas e pás se acariciam
é o alto muro pulando o homem
aproximando-se do azul
neste comprio sábado
em que supermercados e feiras
crescem nas mãos ligeiras
do operário
que aos poucos some
por trás do seu feito
é de ciemnto e de sonho
seu horizonte
de brita e ferro
sua sorte
o prumo em seu olhar
arquiteta o barro
que se projeta
desenhando
um paredão de ilusões
seu troféu
no fim do dia.

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