domingo, 1 de março de 2009

ARENA


entre o nada e o nado eu nado
nado fundo e nada raso
raso-raso e raso-fundo
ranço do arraso da fúria fala
falanges de bocas acesas
incendiando o canto
monto neste monstro-verbo
monstraço
duro rumo
ramo de aço
teia que me tapeia
laço
que me aperta desfaço
murro que esmurro
fracasso
monto neste monstro
verbaço
firo com meu punhal
aço
golpe que me golpeia
enlaço
firo a lança e a teia
monstro que me golpeia
renasço

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