segunda-feira, 9 de março de 2009

TRAVESSIA AZUL

Tento tato

mas sou

olfato

neste jardim

de mim

sol

quero mar

nesta manhã

de abril

tento ta(n)to

mas sou

aço

juntando pedras

no mormaço

de março

recolho-me

de um chão inóspito

então apanho

esbelta musa

bailarina

a


d

e

s

l

i

z

a

r

sobre

um campo nevado

esvaindo-se em versos

g

o

t

e

j

a

n

d

o

palavras

é a luta

sentenciando este ato

homerizado sangue

azul

no risco

nos trópicos

da fala

e no atlântico

da aura.

Um comentário:

  1. Ei, poeta, há quanto tempo, hein, pequeno? Gostei do deslizar da bailarina, vou falar pra Manoel Carlos e para o professor Raimundo que vc é agora, como eu, um poeta internauta, não um argonauta homérico, tampouco um astronauta histérico,rsrsrsrsrrs

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