Tento tato
mas sou
só
olfato
neste jardim
de mim
sol
quero mar
nesta manhã
de abril
tento ta(n)to
mas sou
só
aço
juntando pedras
no mormaço
de março
recolho-me
de um chão inóspito
então apanho
esbelta musa
bailarina
a
d
e
s
l
i
z
a
r
sobre
um campo nevado
esvaindo-se em versos
g
o
t
e
j
a
n
d
o
palavras
é a luta
sentenciando este ato
homerizado sangue
azul
no risco
nos trópicos
da fala
e no atlântico
da aura.
Ei, poeta, há quanto tempo, hein, pequeno? Gostei do deslizar da bailarina, vou falar pra Manoel Carlos e para o professor Raimundo que vc é agora, como eu, um poeta internauta, não um argonauta homérico, tampouco um astronauta histérico,rsrsrsrsrrs
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